Esse Blog tem a missão de trazer as verdades sobre as doutrinas e edificação para a vida dos que leem (2 Timóteo 4: 2 ao 5). Não é causar debates ou divisões entre os mesmos. A palavra de DEUS é perfeita, e o seu estudo é infinito, devemos estudar as escrituras por toda a vida (Mateus 24: 35). Sei que todos temos muito a aprender, mas espero contribuir para o crescimento dos irmãos com o que aprendi e venho aprendendo a cada dia através da Bíblia Sagrada.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
ABOMINÁVEL MUNDO SEM DEUS por Leandro B. Peixoto
Levítico 18
Lv 18.1-5 |1 Disse o Senhor a Moisés: 2 “Diga o seguinte aos israelitas: Eu sou o Senhor, o Deus de vocês. 3 Não procedam como se procede no Egito, onde vocês moraram, nem como se procede na terra de Canaã, para onde os estou levando. Não sigam as suas práticas. 4 Pratiquem as minhas ordenanças, obedeçam aos meus decretos e sigam-nos. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês. 5 Obedeçam aos meus decretos e ordenanças, pois o homem que os praticar viverá por eles. Eu sou o Senhor.
A DIVISÃO DO LIVRO DE LEVÍTICO
Facilita a nossa leitura do livro de Levítico saber que ele é dividido em duas grandes seções:
A primeira seção (Lv 1 a 16) apresenta algumas leis ao povo:
Lv 1 a 7 – As leis dos sacrifícios
Lv 8 a 10 – As leis do sacerdócio
Lv 11 a 16 – As leis de santificação
A segunda seção (Lv 17 a 27) revela o “O Código de Santidade” do povo de Deus:
É para os que vivem em comunhão com Deus. Sendo santo o Senhor, todos os seus adoradores devem ser, também, santos.
Levítico 17, abrindo a segunda seção de Levítico, fala do modo como o pecador perdoado pelo sangue do sacrifício deve viver para honrar a Deus.
Já o capítulo de hoje, Levítico 18, descreverá quão abominável é o mundo sem Deus, e advertirá o povo de Deus a não viver como os do mundo.
Há três advertências principais sendo feitas aqui em Levítico 18, e nós veremos, de forma geral, cada uma delas.
1. A distinção do povo de Deus
2. A depravação do mundo sem Deus
3. O derramamento da ira de Deus
Vejamos…
1. A distinção do povo de Deus (Lv 18.1-5)
O sangue de Jesus (Lv 17) nos aproximou de Deus (Ef 2.13); agora, nós devemos viver em santidade (Hb 13.12).
Lv 18.1-2 |1 Disse o Senhor a Moisés: 2 “Diga o seguinte aos israelitas: Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.
Não podemos mais viver como o velho homem (egípcios) e nem nos amoldar aos padrões deste mundo (cananeus).
Lv 18.3 | Não procedam como se procede no Egito, onde vocês moraram, nem como se procede na terra de Canaã, para onde os estou levando. Não sigam as suas práticas.
Temos que viver pela renovação da nossa mente pela Palavra e no poder do Espírito Santo.
Lv 18.4-5 |4 Pratiquem as minhas ordenanças, obedeçam aos meus decretos e sigam-nos. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês. 5 Obedeçam aos meus decretos e ordenanças, pois o homem que os praticar viverá por eles. Eu sou o Senhor.
O povo de Deus é distinto de tudo e de todos. Estão no mundo, mas não são do mundo. Vivem aqui, mas pertencem ao Senhor e, portanto, devem refletir o seu caráter em tudo o que fazem e falam.
2. A depravação do mundo sem Deus (Lv 18.6-23)
Tendo dito quem é e como deve ser distinto o povo de Deus, Moisés apresenta os pecados abomináveis que o mundo sem Deus é capaz de cometer. De tão explícitos, não há necessidade de uma exposição detalhada das perversões aqui condenadas, apenas de enumerá-las:
Relação sexual com a mãe (v. 7), a madrasta (v. 8), a irmã (v. 9), a neta (v. 10), a meia-irmã (v. 11), a tia (v. 12-13), a mulher do tio (v. 14), a nora (v. 15), a cunhada (v. 16), a filha e as netas da segunda esposa (v. 17), a irmã da segunda esposa (v. 18), a mulher do vizinho (v. 20);
Relação sexual desaprovada pela Bíblia (v. 19) – relações com a mulher durante o ciclo menstrual dela tornava o marido impuro (Lv 15.24);
Sacrifício de crianças em cultos pagãos (v. 21);
Relacionamento sexual com pessoa do mesmo sexo – homossexualismo (v. 22);
Relacionamento sexual com animais – bestialismo (v. 23).
OBS.: Notaram que o abuso sexual entre pai e filha não é citado aqui? Por quê? Alguns estudiosos notaram que a razão para não se mencionar o relacionamento incestuoso entre pai e filha se deu por motivos econômicos.
Tal violação sexual era rara porque uma filha virgem poderia favorecer economicamente a família no caso de um casamento rentável. Um pai perverso se seguraria para poder lucrar de outra forma!
Veja a que ponto a depravação do mundo sem Deus pode chegar. É de se espantar, de causar náusea, de entristecer o coração. O povo de Deus não pode fazer parte da depravação do mundo sem Deus.
3. O derramamento da ira de Deus (Lv 18.24-30)
Tendo descrito como e porque o povo de Deus deve se distinguir dos demais que estão no mundo, e tendo denunciado a vergonhosa depravação do mundo sem Deus, o capítulo termina declarando o derramamento da ira de Deus:
Lv 18.24-30 |24 “Não se contaminem com nenhuma dessas coisas, porque assim se contaminaram as nações que vou expulsar da presença de vocês. 25 Até a terra ficou contaminada; e eu castiguei a sua iniquidade, e a terra vomitou os seus habitantes. 26 Mas vocês obedecerão aos meus decretos e às minhas leis. Nem o natural da terra nem o estrangeiro residente entre vocês farão nenhuma dessas abominações, 27 pois todas estas abominações foram praticadas pelos que habitaram essa terra antes de vocês; por isso a terra ficou contaminada. 28 E, se vocês contaminarem a terra, ela os vomitará, como vomitou os povos que ali estavam antes de vocês. 29 “Todo aquele que fizer alguma destas abominações e aqueles que assim procederem serão eliminados do meio do seu povo. 30 Obedeçam aos meus preceitos, e não pratiquem os costumes repugnantes praticados antes de vocês, nem se contaminem com eles. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês”.
Os pecados que hoje passam impunes, os pecados dos quais hoje uma minoria costuma se orgulhar, serão todos julgados e condenados por Deus. O Senhor é justo. Atente-se, arrependa-se e abrace a fé.
O ABOMINÁVEL MUNDO SEM DEUS
O mundo sem Deus é abominável! Tudo consequência de terem desprezado o conhecimento da glória de Deus. Paulo descreve o problema e prescreve a cura, dizendo assim:
Rm 1.28-32 | 28 Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. 29 Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, 30 caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; 31 são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. 32 Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam.
Como viver neste abominável mundo sem Deus?
Três aplicações
Busque o conhecimento da glória de Deus no rosto de Jesus e ache perdão.
Abomine o pecado e pratique atos de justiça pelo poder do Espírito Santo.
Romanos 15.4 – Pois tudo o que foi
escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por
meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras,
mantenhamos a nossa esperança.
Hebreus 12.1 – Portanto, também
nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas,
livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e
corramos com perseverança a corrida que nos é proposta.
Hebreus 13.7 – Lembrem-se dos seus líderes, que lhes falaram a palavra de Deus. Observem bem o resultado da vida que tiveram e imitem a sua fé.
Jonathan Edwards
“Existem duas maneiras de se representar e
recomendar a verdadeira religião e a virtude ao homem – uma é mediante a
doutrina e o preceito; a outra é por instância e exemplo. Ambas são
abundantemente usadas nas Sagradas Escrituras”.
John Piper
“Sendo bem escolhida, a biografia cristã
reúne todo o tipo de coisas de que os pastores carecem, embora tenham
tão pouco tempo para buscar. A boa biografia é história, e nos protege
do esnobismo cronológico (como C. S. Lewis costumava definir). É
teologia – e das mais poderosas – pois emerge da vida das pessoas. É
aventura e suspense, algo de que temos fome natural. E é ainda
psicologia e experiência pessoal que aprofunda a compreensão da natureza
humana. Boas biografias sobre os cristãos de maior relevância promovem
crescimento notavelmente eficaz”.
QUEM FOI CHARLES H. SPURGEON?
Spurgeon nasceu em Kelvedon, uma área rural de Essex, na Inglaterra,
em 19 de junho de 1834; morreu em 31 de janeiro de 1892, em Mantone,
França, com apenas 57 anos. Aquele lugarejo, próximo ao Principado de
Mônaco, era para onde ele sempre se retirava, a fim de recuperar as suas
forças.
Foi e continua sendo um dos mais influentes pastores batistas da
Inglaterra, se não de todos os tempos, apesar de ser um calvinista
reformado.
Ainda na infância, tornou-se parte bastante envolvido com a tradição
não conformista da Inglaterra – herdeiros dos Puritanos que foram
expulsos da Igreja Anglicana em 1660. O seu avô James e o seu pai John,
descendentes dos huguenotes, eram ministros congregacionais.
Não se sabe ao certo se por motivos financeiros, ou por conta da
pouca idade da mãe (ela tinha apenas 19 anos quando Spurgeon nasceu e
dentro do ano seguinte nasceria outro bebê; ao todo foram 17 filhos, dos
quais 9 morreram ainda na infância), mas com apenas 18 meses de vida (e
até a adolescência), Spurgeon foi levado para a casa do avô paterno, em
Stambourne. Foi lá que o menino Spurgeon teve os seus primeiros
contatos com as obras do Puritanos.
Dentre as que mais marcaram os seus primeiros anos de vida estão: O Peregrino, de John Bunyan (Ed. FIEL), e Um Guia Seguro para o Céu, de Joseph Alleine (Ed. PES).
Apesar de ter crescido como um independente não conformista e de ter
convertido-se em uma Capela Metodista Primitiva, ele foi batizado e
tornou-se membro de uma igreja batista em 1849 (aos 15 anos de idade!),
em Isleham Village.
Em 1850, ele foi matriculado numa escola próxima de Cambridge e
tornou-se membro ativo de uma igreja batista local. Aos 16 anos, ele
pregou o seu primeiro sermão num sítio em Teversham, um vilarejo de
Cambridgeshire.
Em 1851 (aos 17 anos), ele já estava pregando com regularidade numa
congregação batista em Waterbeach, Cambridgeshire, onde servia como
pastor auxiliar.
Em abril de 1854 (19 anos), Spurgeon aceitou o convite da Igreja
Batista na Rua do Novo Parque – IBNP (New Park Street Baptist Church),
em Londres. Naquela igreja, ele serviu por 37 anos.
No início de seu ministério, ainda com 20 anos incompletos, sendo de
origem rural, e sem qualquer educação teológica formal, Spurgeon sofreu
fortes ataques da mídia, da sociedade, de alguns de sua igreja e,
principalmente, de alguns pastores da cidade.
Quando Spurgeon chegou à Londres, a IBNP, que outrora fora palco de
grandes ministros e ministérios (p.ex.: John Gill e Benjamin Keach),
estava em plena decadência. Seus cultos não contavam com mais de 200
pessoas, num auditório com capacidade para 1.200.
Contudo, em menos de um ano após a chegada do jovem pastor, o templo
já estava tão cheio, que a congregação precisou mudar-se para o Exeter
Hall, enquanto o prédio da igreja era aumentado.
Depois de um tempo, com a capacidade lotada, tanto no templo que fora
recentemente ampliado, como também no Exeter Hall, a igreja alugou o
Surrey Gardens Music Hall, e, com apenas 22 anos de idade, Spurgeon
tornara-se o pregador mais popular de seus dias. A ponto de os jornais
em Londres noticiarem que desde os tempos de John Wesley e George
Whitefield não havia existido um interesse tão forte pelo cristianismo.
(Não é exagero dizer que Spurgeon pastoreou a primeira mega igreja dos
tempos modernos)
Em 1861 (7 anos após assumir a IBNP), terminaram as obras de
construção do Tabernáculo Metropolitano. Um templo para 9 mil pessoas
sentadas. O prédio estava totalmente pago quando a igreja ocupou o
local. Spurgeon pregou ali por mais de 30 anos, até a sua morte.
A pregação e o ministério de Spurgeon eram a causa de tantas bênçãos e
sucessos. Diz-se que durante o seu pastorado na IBNP, Spurgeon tenha
batizado 14.692 pessoas (uma média de 380 batismos por ano, 31 batismos
por mês!).
Spurgeon casou-se com Suzannah Thompson, em 1856 (aos 22 anos). Eles
tiveram dois filhos gêmeos, Charles e Thomas Spurgeon. Ele rejeitou o
título de “Reverendo” por questões de princípios e recusou-se a ser
ordenado, por não possuir curso de teologia. Enfrentava graves problemas
de saúde, inclusive, e por muitas vezes, entrando em depressão.
Spurgeon pregou seu último sermão no Tabernáculo Metropolitano, em 06
de junho de 1891. Ele morreria em Mantone, como vimos, em 31 de janeiro
de 1892, aos 57 anos de idade. SPURGEON EXPERIMENTOU O SOFRIMENTO
Por que eu admiro e sempre me recorro à biografia de Charles H.
Spurgeon? Dentre tantos fatores, ressalto as tribulações da vida e da
vocação do príncipe dos pregadores. Todos nós, pastores, encaramos
adversidades na vida e na vocação, e precisamos encontrar mecanismos
para continuar a jornada.
O coração é o instrumento principal de nossa vocação. Spurgeon dizia que:
“Todo trabalho mental tende a cansar-nos e
a deprimir-nos, pois o muito estudo, enfado é da carne; porém o nosso
trabalho é mais que mental – é do coração, é labuta do íntimo da nossa
alma”.
Uma coisa é sobrevivermos a uma adversidade; outra coisa
completamente diferente é sobreviver e continuar pregando em meio àquela
adversidade, continuar pregando domingo após domingo, mês após mês, ano
após ano, continuar pregando quando o coração está sobrecarregado pelas
adversidades.
Falando aos alunos do Colégio de Pastores Spurgeon comentou:
“Um golpe esmagador às vezes deixa um
pastor muito abatido. O irmão em que mais se confiava torna-se um
traidor… Dez anos de trabalho não tiram tanto da vida como o que
perdemos em poucas horas por causa de Aquitofel, o traidor, ou de Demas,
o apóstata. As contendas, também, e as divisões, as calúnias e as
críticas tolas, muitas vezes prostram santos homens e os fazem sentir
como com uma espada nos ossos… As palavras duras ferem profundamente… Um
coice que mal move um cavalo, mata um bom teólogo. Com os anos de
experiência a alma se enrijece para os golpes duros e rudes que são
inevitáveis em nosso combate; mas, no início, essas coisas nos abalam
profundamente e nos mandam para casa envoltos no horror de grandes
trevas. As provações de um verdadeiro ministro não são poucas, e as que
são causadas por crentes professos ingratos são mais duras de aguentar
do que os mais grosseiros ataques de inimigos e ímpios confessos. Oxalá
nenhum homem que anda em busca de tranquilidade mental e de quietude de
vida entre no ministério; se o fizer, fugirá dele desgostoso”.
Spurgeon experimentou o sofrimento.
SPURGEON PERSEVEROU EM MEIO AO SOFRIMENTO
Aprendemos com Spurgeon que é possível atravessar os vales de dores
do ministério sem perder a doçura e permanecer no mesmo lugar, domingo
após domingo, por 37 anos.
Penso que o seu segredo residia na forma como ele encarava a realidade ministerial:
“Vivam o dia presente – sim, a hora. Não
ponham confiança em disposições de espírito e em sentimentos. Atentem
mais para um grão de fé do que para uma tonelada de agitação emocional.
Confiem em Deus somente e não se inclinem a ceder às necessidades de
ajuda humana. Não se surpreendam quando os amigos falharem com você,
este é um mundo falho. Jamais contem com a imutabilidade dos homens; com
a inconstância vocês podem contar, sem temer decepções… não se espantem
quando os seus adeptos se apartarem de você indo atrás doutros mestres…
contentem-se em nada ser, pois é o que são… Dêem pouco valor às
recompensas atuais; sejam agradecidos pelos pequenos prêmios recebidos
durante o percurso, porém busquem a recompensadora alegria vindoura.
Continuem servindo ao Senhor com redobrado fervor quando não se lhes
apresentar nenhum resultado visível. Qualquer simplório pode seguir pelo
caminho estreito na luz; a rara sabedoria da fé nos capacita a
prosseguir no escuro com precisão infalível, visto que ela põe a mão na
do Grande Guia… Em nada saiamos do caminho que a vocação divina
induziu-nos a seguir. Bom ou ruim, o púlpito é a nossa torre de vigia, e
o ministério é a nossa guerra; compete-nos, quando não pudermos ver o
rosto de Deus, confiar à sombra das suas asas”.
O SOFRIMENTO DE SPURGEON
Ele conheceu todo tipo de adversidade que um pastor sofre, e um pouco mais. 1 – Frustrações e desapontamentos causados por membros mornos
“Você sabe o que um homem de coração frio
pode fazer, se ele se agarra a você no domingo de manhã como um pedaço
de gelo, e congela-lo com as informações de que a Sra. Smith e toda a
sua família estão ofendidos, e seu banco está vago. Você não quer saber
do protesto que a sociedade de senhoras está fazendo momentos antes de
entrar no púlpito… isto não vai ajudá-lo”.
“Que mestres terríveis são alguns
professores! Seus comentários após um sermão são suficientes para
cambalear você… Você esteve implorando, falando de vida ou morte, e eles
ficaram calculando quantos segundos o sermão ocupou, e comentam sobre
os cinco minutos além da hora habitual que você tomou”.
“‘Não colocarás o boi e o jumento juntos
sob um mesmo jugo’ foi um preceito misericordiosos, mas quando um
ministro, trabalhador como um boi, é colocado sob o mesmo jugo que um
diácono que não é outro boi, torna-se difícil trabalhar arando a terra”.
2 – Sofrimentos que nos sobrevêm pelo menos uma vez na vida
Em 19 outubro de 1856 ele pregou pela primeira vez no Salão de Música
do Royal Surrey Gardens, porque sua própria igreja não iria comportar o
povo. A capacidade máxima para 10 mil pessoas estava mais do que
ultrapassada pelas multidões que se apertavam dentro do prédio. Alguém
gritou: “Fogo!” e houve grande pânico em algumas partes do edifício.
Sete pessoas foram mortas no tumulto e dezenas ficaram feridas.
Spurgeon tinha 22 anos e foi vencido por esta calamidade. Ele disse mais tarde:
“Talvez minha alma nunca ficou tão perto de se queimar na fornalha da insanidade, e ainda assim saiu ilesa.”
Mas nem todos concordam que ele tenha saído ileso. A sequela daquele
episódio pesou sobre ele por muitos anos depois. Um amigo próximo e
biógrafo disse:
“Não posso deixar de pensar, pelo que eu
vi, que a razão para a sua morte comparativamente precoce pode ser, em
alguma medida, devido à fornalha de sofrimento mental que ele sofreu em e
depois daquela noite terrível”.
3 – Spurgeon conheceu a adversidade na dor familiar
Ele havia se casado com Susannah Thomson em 08 de janeiro, no mesmo
ano da calamidade em Surrey Gardens. Suas duas únicas crianças, filhos
gêmeos, nasceram um dia depois da calamidade, em 20 de outubro. Susannah
nunca mais foi capaz de ter filhos. Em 1865 (nove anos mais tarde),
quando tinha 33 anos, ela se tornou virtualmente inválida e raramente
ouviu o marido pregar nos 27 anos seguintes, até a sua morte.
Algum tipo raro de operações cervical foi tentada em 1869 por James
Simpson, o pai da obstetrícia moderna, mas sem sucesso. Então, além dos
outros encargos de Spurgeon, foi adicionado a ele uma esposa doente e a
incapacidade de ter mais filhos, embora sua própria mãe tinha dado à luz
a dezessete crianças. 4 – Spurgeon sofreu com dores físicas inimagináveis
Ele sofria de gota, reumatismo e doença de Bright (inflamação dos
rins). Seu primeiro ataque de gota ocorreu em 1869, com a idade de 35.
Tornou-se progressivamente pior, de forma que “aproximadamente um
terço dos últimos 22 anos do seu ministério foi gasto fora do púlpito do
Tabernáculo, ora sofrendo, ora convalescendo, ora tomando precauções
contra o retorno da doença”.
Em uma carta a um amigo, ele escreveu:
“Lucian diz: ‘Eu pensei que uma cobra
tinha me mordido, enchendo minhas veias com veneno, mas foi pior, foi
gota.’ Isto foi escrito a partir da experiência pessoal, eu sei”.
Assim, por mais da metade do tempo, o ministério de Spurgeon foi
empregado nos tratamentos de dor cada vez mais recorrentes em suas
articulações, ao ponto de tirá-lo do púlpito e de seu trabalho, vez após
outra, até que as doenças lhe tiraram a vida aos 57 anos, onde ele
estava convalescendo em Mentone, na França. 5 – Além do sofrimento físico, Spurgeon teve de suportar uma vida de ridículo público e calúnia, por vezes, do tipo mais cruel
Em abril de 1855, o jornal Essex Standard publicou um artigo com as seguintes palavras:
“Seu estilo é o coloquial vulgar… Todos
os mistérios mais solenes de nossa santa religião são por ele rude e
impiedosamente manipulados. O senso comum está indignado e a decência
revoltada. Suas falas são intercaladas com anedotas grosseiras”.
O Sheffield e Rotherham Independent disse:
Ele é de admirar-se, como um cometa que,
de repente, atravessou a atmosfera religiosa. Ele subiu como um foguete e
dentro em pouco cairá como um galho seco.
Sua esposa manteve um livro de recortes contendo tais críticas
retiradas dos jornais, no período de 1855 a 1856. Algumas delas eram
fáceis de se esquecer. A maior parte, não! Em 1857, ele escreveu:
“Sobre os meus joelhos é que eu muitas
vezes tenho caído, com o suor quente que brota de minha testa diante de
algumas calúnias frescas que são derramadas sobre mim. Em muita agonia e
dor, meu coração tem sido quase quebrado”.
Além das críticas dos jornais, ele também sofria com seus colegas pastores que o criticavam, tanto da direita como da esquerda.
Joseph Parker, de esquerda, escreveu:
“O Sr. Spurgeon era totalmente destituído
de benevolência intelectual. Se os homens vissem como ele via eles eram
ortodoxos; se eles vissem as coisas de outra forma eles eram
heterodoxos, pestilentos e incapazes de elevar as mentes dos estudantes
ou inquiridores. O Sr. Spurgeon era de um egoísmo superlativo, não era
hesitante ou tímido, e nem de um egoísmo meio disfarçado que esconde a
sua própria cabeça, mas do tipo elevado, com excesso sublime, que toma o
assento principal como seu por direito. As únicas cores que o Sr.
Spurgeon reconhecia eram o preto e o branco”.
Da direita, James Wells, um hiper-calvinista, escreveu: “Eu tenho
dúvidas – sérias dúvidas – da realidade divina de sua conversão”.
Spurgeon disse de si mesmo:
“Os homens não podem dizer nada pior do
que já disseram sobre mim. Tenho sido desmentido da cabeça aos pés, e já
me deturparam até o último grau. Minha boa aparência já se foi e
ninguém pode me prejudicar muito agora”.
Apesar de muitas vezes ele soar áspero e duro, a dor que muitas vezes
sentia era esmagadora e mortal. Em maio de 1891, oito meses antes de
morrer, ele disse por carta a um amigo o seguinte:
“Adeus, você nunca mais me verá novamente. Esta luta está me matando”.
6 – Spurgeon foi tripudiado pela depressão
Essa última adversidade que passamos a destacar é resultado de todas
as outras. Não é fácil imaginar o “onicompetente”, eloquente, brilhante e
cheio de energia Spurgeon chorando como um bebê sem nenhum motivo que
pudesse pensar. Em 1858, aos 24 anos, foi que isso aconteceu pela
primeira vez. Ele disse:
“Meu espírito estava tão profundamente
afundado que eu poderia chorar por horas como uma criança, e eu não
sabia porque eu chorava”.
Ele viu sua depressão como a sua “pior característica”. Ele disse:
“Desânimo não é uma virtude, eu acredito
que é um vício. Sinceramente, eu vivo envergonhado de mim mesmo por
sempre cair em tristeza, mas eu tenho certeza de que não há remédio
contra ela tão bom quanto uma santa fé em Deus”.
Apesar de todos estes sofrimentos e perseguições Spurgeon suportou
até o fim, e foi capaz de pregar poderosamente, até seu último sermão no
Tabernáculo em 07 de junho de 1891. Assim, a pergunta que tenho feito
na leitura da vida e da vocação deste homem é… A SUPERAÇÃO DE SPURGEON
O número de estratégias para perseverar em graça é abundante na vida
de Spurgeon. Minhas escolhas são muito limitadas e pessoal. O escopo da
guerra deste homem e a sabedoria de suas estratégias eram imensas. Nosso
tempo é curto e temos de ser muito seletivos.
Eu começo com a questão do desânimo e da depressão. Pois se isto pode
ser conquistado, todas as outras formas de adversidade também poderão. 1. Spurgeon viu sua depressão como um projeto de Deus para o bem de sua vida e de sua vocação, e também da glória de Cristo.
O que nós podemos observar de ponta a ponta na vida de Spurgeon é a
sua fé inabalável na soberania de Deus em todas as suas aflições. Mais
do que qualquer outra coisa, parece que essa fé foi o que o manteve em
pé através de tudo o que ele passou. Ele disse:
“Seria uma experiência muito forte e
tentadora pensar que eu tenho uma aflição que Deus nunca me enviou, que o
cálice amargo nunca foi preenchido por suas mãos, que as minhas
tribulações nunca foram medidas por ele, nem enviadas a mim no peso e na
quantidade que manda a sua disposição”.
Esta é exatamente a estratégia oposta do pensamento moderno, o
pensamento de muitos evangélicos hoje em dia, que recua das implicações
do infinito. Se Deus é Deus, ele não só sabe o que está por vir, mas ele
sabe porque ele projetou o que está por vir. Para Spurgeon este ponto
de vista acerca de Deus não era um primeiro argumento para debate, mas
um meio de sobrevivência.
Nossas aflições são o regime de saúde de um Médico infinitamente sábio. Ele disse aos seus alunos:
“Ouso dizer que a maior bênção terrena
que Deus pode dar a qualquer um de nós é a saúde, com exceção de doença…
Se alguns homens que eu conheço pudessem ser favorecidos com um mês de
reumatismo, isto iria, pela graça de Deus, amadurecê-los
maravilhosamente”.
Ele quis dizer isso principalmente para si mesmo. Embora ele temesse o sofrimento e de bom grado escolheria evitá-lo, ele disse:
“Temo que toda a graça que eu recebi, dos
momentos fáceis e confortáveis, e também das horas alegres que passei,
caberia sobre uma moeda de um centavo. Mas o bem que eu tenho recebido
de minhas tristezas, dores, e dissabores é totalmente incalculável… A
aflição é a melhor mobília de minha casa. É o melhor livro da biblioteca
de um ministro.”
Ele via três propósitos específicos de Deus em sua luta contra a depressão. 1.1 – A primeira é que ela funcionava como o espinho do
apóstolo Paulo para mantê-lo humilde, para que ele não se exaltasse em
si mesmo.
Ele disse que a obra do Senhor se resume nestas palavras:
“Não por força nem por poder, mas pelo
meu Espírito, diz o Senhor”. Instrumentos devem ser usados, mas a sua
fraqueza intrínseca deve ser claramente manifestada; não poderá haver
divisão da glória, nem diminuição da honra devida ao Grande Trabalhador…
Aqueles que são honrados pelo seu Senhor em público normalmente têm de
suportar uma correção secreta, ou carregar uma cruz peculiar, por que,
do contrário, haverão de se exaltar e cairão no laço do diabo”.
1.2 – O segundo propósito de Deus para a sua depressão estava no poder inesperado que ela conferia ao seu ministério.
“Em um domingo de manhã, eu preguei a
partir do texto: ‘Meu Deus, Meu Deus, por que me desamparaste?’, e
embora eu não tivesse dito, preguei minha própria experiência. Eu ouvia
o barulho das minhas próprias cadeias enquanto eu tentava pregar aos
meus companheiros de prisão que estavam na escuridão; mas eu não
conseguia descobrir por que eu havia sido levado a tal horror e terrível
escuridão, pela qual eu me condeno até o pó… Na noite da segunda-feira
seguinte, um homem veio me ver, em quem se podia observar todas as
marcas do desespero no rosto. Seu cabelo parecia estar em pé, e seus
olhos estavam prontos para saltar de sua face. Ele me disse, depois de
conversar um pouco: ‘Eu nunca, em toda a minha vida, ouvi alguém falar
de forma tal que parecia conhecer o meu coração. Meu é um caso terrível;
mas no domingo de manhã você me trouxe à vida, e pregou como se você
tivesse saído de dentro da minha alma’. Pela graça de Deus, eu salvei
aquele homem do suicídio, e levei-o à luz, ao Evangelho da liberdade;
mas sei que não poderia ter feito isso se eu não tivesse sido confinada
no mesmo calabouço em que ele estava. Conto-lhes esta história, irmãos,
porque às vezes vocês podem não entender sua própria experiência, e as
pessoas ‘perfeitas’ podem condená-los por tê-la; mas o que entendem eles
sobre os servos de Deus? Você e eu temos que sofrer muito para o bem do
povo sob o nosso encargo… Você pode estar na escuridão da praga no
Egito, e você pode perguntar por que tal horror e tantos calafrios; mas
você está totalmente certo, na busca de sua vocação, sendo guiados pelo
Espírito a uma posição de simpatia para com as mentes desalentadas”.
1.3 – O terceiro propósito de Deus para a sua depressão era o que ele chamou de um sinal profético para o futuro.
“Esta depressão se apodera de mim sempre
que o Senhor está preparando uma grande bênção para o meu ministério. A
nuvem é negra antes de quebrar e chover, e ofusca antes de despejar o
seu dilúvio de misericórdia. A depressão agora se tornou para mim como
um profeta em roupas ásperas, um João Batista, anunciando que está
próxima a vinda de bênçãos ainda mais ricas do meu Senhor”.
2. Spurgeon suplementou a sua estratégia teológica de
sobrevivência com os meios naturais criados por Deus para a
sobrevivência – descanso e natureza.
Apesar de toda sua mensagem sobre se desgastar para a glória de Deus,
ele aconselhava seus colegas a descansar, tirando um dia de folga por
semana, para que se abrissem para a cura poderosa de Deus através da
natureza.
“Nosso sábado [domingo] é o nosso dia de labuta e se não descansarmos em algum outro dia nós vamos quebrar”.
Eric Hayden nos informa que Spurgeon mantinha, quando possível, as quartas-feiras como o seu dia de descanso.
Mais do que isso, Spurgeon disse aos seus alunos:
“É sábio de nossa parte tirarmos folgas
ocasionais. A longo prazo, muitas vezes nós faremos mais ao fazermos
menos. Fazer, fazer e fazer para sempre, sem descanso e lazer, poderá
produzir espíritos vazios dentro deste “barro pesado”, mas enquanto
estamos neste tabernáculo, temos que de vez em quando parar tudo e
servir ao Senhor em santa inação e com lazeres consagrados. Que ninguém
duvide em sua consciência da legalidade de se sair para aproveitar por
um tempo”.
Spurgeon recomendava que, ao darmos um tempo na pressão e nos
afazeres, nós deveríamos respirar o ar do campo e deixar que a beleza da
natureza fizesse o seu devido trabalho. Ele confessava que:
“Hábitos sedentários têm a tendência de criar em nós desânimo… especialmente nos meses de nevoeiro”.
A seguir, ele aconselha:
“Um bocado de brisa do mar, ou uma longa
caminhada com o vento batendo no rosto, não conferirá graça às nossas
almas, mas oxigenará o nosso corpo, o que, em segundo plano, é o que há
de melhor”.
Spurgeon nos faz repensar nossos hábitos alimentares, sedentários e sem trégua para descanso (sono e lazer).
“Você deve se atentar um pouco mais para a
condição do seu corpo… o senso comum seria um grande ganho para alguns
que são ultra-espirituais, e atribuem todos os seus sintomas a alguma
causa sobrenatural, quando a razão real é bem mais óbvia. Não ocorre com
frequência que dispepsia [dificuldade de digestão, indigestão] tem sido
confundido com abandonar a fé, e má digestão tem sido definido com
dureza de coração?”.
3. Spurgeon buscou alimentar a sua alma em comunhão com Cristo, através de oração e meditação nas Escrituras
“Jamais negligencie suas refeições
espirituais, ou você não terá estamina e seu espírito irá se afundar.
Viva das doutrinas substanciais da graça, e você sobreviverá àqueles que
se deleitam na pastelaria e no programa de aula do ‘pensamento
moderno’”.
“Acima de tudo, alimente a chama em
comunhão íntima com Cristo. Nenhum homem que tenha vivido com Jesus é
tão frio de coração… Eu nunca encontrei um pregador desanimado que
estivesse mantendo comunhão íntima com o Senhor Jesus”.
Uma das descrições mais tocantes que podemos ler de sua comunhão com
Deus vem de 1871, quando ele estava com dores terríveis por conta da
gota:
“Quando, há alguns meses atrás, eu estava
atormentado com a dor, em um grau extremo, de modo que eu não conseguia
mais carregá-la sem chorar, eu pedi que todos saíssem do quarto e me
deixassem sozinho; e então eu não tinha nada que pudesse ser dito a
Deus, mas isso: ‘Tu és meu Pai, e eu sou teu filho; e tu, como um Pai,
és cheio de misericórdia. Eu não poderia suportar ver meu filho sofrer
como tu me fazes sofrer, e se eu o visse atormentado como estou agora,
eu faria o que pudesse para ajudá-lo, e colocá-lo sob meus braços para
sustentá-lo. Queres esconder o teu rosto de mim, meu Pai? Porventura
ainda manterás sobre mim a tua mão pesada, e não me darás um sorriso de
teu rosto?’… Foi assim que implorei; e aventurei-me a dizer, quando
todos voltaram e eu me sentia melhor: ‘Eu nunca mais terei tanta dor de
novo a partir deste momento, porque Deus ouviu a minha oração’. Louvo a
Deus que veio aliviar a dor e seu ferrão nunca mais voltou”.
Se vamos pastorear e pregar em meio às adversidades, nós teremos de
viver em comunhão com Deus, com intimidade profunda, alimentando-nos da
graça de suas promessas e das revelações de sua glória.
Quando não conseguir orar, ore assim mesmo. O Espírito Santo haverá de guiá-lo e ensiná-lo. Spurgeon dizia:
“Creio que, quando não conseguimos orar,
isso quer dizer que chegou a hora de fazê-lo mais do que nunca. E se
você retrucar: ‘Mas como?’, eu lhe direi: ‘Ore por orar!’Ore pedindo
para conseguir orar. Pedindo o espírito de súplica. Não se contente em
dizer: ‘Eu oraria se pudesse’. Pelo contrário, se não consegue orar, ore
até conseguir. Caso sinta o coração frio durante a oração, não pare até
percebê-lo aquecido. Antes, incendeie a própria alma em oração com a
ajuda do Espírito, que nos auxilia em nossa fraqueza. Se o ferro estiver
quente, não deve malhá-lo, e se estiver frio, deve malhá-lo ainda mais,
até esquentá-lo. Nunca cesse de orar. Por motivo nenhum.”
4. Spurgeon manteve sua paixão pela vida e vocação fixando seus
olhos na eternidade, em vez de colocá-los no preço imediato da
fidelidade a Deus.
Certa vez, pregando na conferência de seus pastores, ele disse:
“A posteridade deve ser considerada. Eu
não olho muito para o que está acontecendo no dia-a-dia, pois estas
coisas se relacionam com a eternidade. De minha parte, estou muito
disposto a ser comido pelos cães nos próximos 50 anos; Mas o futuro mais
distante haverá de me vindicar. Tenho lidado com honestidade perante o
Deus vivo. Meus irmãos, façam o mesmo.”
Spurgeon vivia em consonância com a Palavra apostólica: 2Co 4.16-18
16 Por isso, não desanimamos;
pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o
nosso homem interior se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, 18 não
atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque
as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.
5. Spurgeon utilizou-se de comunhão fortalecedora na batalha contra o sofrimento.
No auge das críticas e a fim de encorajar o marido, Susannah Spurgeon agiu para ajudar o marido. Ela diz:
“Meu coração ora sofria por ele, ora se
inflamava de indignação contra seus detratores. Durante muito tempo,
pesei sobre como poderia confortá-lo continuamente. Até que optei pelo
recurso de mandar gravar os seguintes versículos em letras grandes e
emoldurá-los:
‘11 Bem-aventurados serão
vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e
levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. 12 Alegrem-se e
regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma
forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês’ (Mt 5.11-12)
O texto foi pendurado em nosso quarto e
lido por meu querido esposo e pastor todas as manhãs – cumprindo seu
propósito bendito, visto que lhe fortaleceu o coração e o capacitou a
afivelar a armadura invisível com a qual podia caminhar tranquilo entre
os homens, indiferente a suas calúnias, preocupado apenas com o que era
melhor para o interesse deles mesmos.
Em resumo: supere o sofrimento com…
1. Tenha plena consciência da soberania de Deus
2. Utilize-se dos meios criados por Deus
3. Faça uso da Palavra e da oração
4. Fixe seus olhos na eternidade
5. Cultive a comunhão fortalecedora Para terminar:
1Sm 23.15-18 | 15 Quando Davi estava em Horesa, no deserto de Zife, soube que Saul tinha saído para matá-lo. 16 E Jônatas, filho de Saul, foi falar com ele, em Horesa, e o ajudou a encontrar forças em Deus. 17
“Não tenha medo”, disse ele, “meu pai não porá as mãos em você. Você
será rei de Israel, e eu lhe serei o segundo em comando. Até meu pai
sabe disso.” 18 Os dois fizeram um acordo perante o Senhor. Então, Jônatas foi para casa, mas Davi ficou em Horesa.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA LIDERANÇA ESPIRITUAL SEGUNDO SPURGEON
Steve Miller | Ed. Vida O FOCO EVANGÉLICO DE CHARLES SPURGEON
Steven J. Lawson | Ed. FIEL O SPURGEON QUE FOI ESQUECIDO
Iain H. Murray | Ed. PES
SPURGEON VERSUS HIPERCALVINISMO
Iain H. Murray | Ed. PES SPURGEON: UMA NOVA BIOGRAFIA
Arnold Dallimore | Ed. PES LIÇÕES AOS MEUS ALUNOS (3 volumes)
Charles H. Spurgeon | Ed. PES UM MINISTÉRIO IDEAL (2 volumes)
Charles H. Spurgeon | Ed. PES O CONQUISTADOR DE ALMAS
Charles H. Spurgeon | Ed. PES SPURGEON E O EVANGELICALISMO MODERNO
Paulo Anglada | Ed. Os Puritanos
Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos. Romanos 5:19
Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. 1 Coríntios 15:21
Batalha Espiritual
Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Eu sou um Cristão Reformado que tem prazer em estudar a Bíblia Sagrada e que deseja compartilhar o que aprendeu e vem aprendendo com os irmãos na fé. Sou Músico, produtor, compositor e guitarrista.